A sonda espacial Einstein será lançada pela China em 2023 para observar poderosos fenômenos cósmicos, como as supernovas, por exemplo. O novo observatório chinês passou por uma extensa revisão e agora inicia sua fase de montagem e testes de integração.
O trabalho é conduzido pelo Centro Nacional de Ciência Espacial (NSSC, na sigla em inglês) da China, uma extensão da Academia Chinesa de Ciências (CAS, na sigla em inglês). A nova fase da missão Einstein foi aprovada no dia 25 de março, recebendo o sinal verde para inciar a montagem e os testes.

A China espera lançar a sonda Einstein em meados do ano que vem. Ela observará eventos cósmicos poderosos, como rupturas de maré, supernovas, buracos negros e mais. Será um observatório espacial de raios-X com um amplo campo de visão.
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Com pelo menos 1.400 kg, a sonda Einstein será lançada a uma altitude de 600 km. Seu Telescópio de Raios-X de Campo Amplo (WXT) terá uma visão de 3.600 graus quadrados. A ótica de “olho de lagosta” permitirá que ela observe eventos de raio-X de maneira bem mais ampla.
A sonda Einstein também contará com um processador de dados a bordo e recursos de acompanhamento autônomo. Isso permitirá que o Telescópio de Raios-X de Acompanhamento (FXT) da sonda, desenvolvido na Europa, processe rapidamente os dados adquiridos pelo WXT.
Observando eventos de grande energia
Com a sonda Einstein, espera-se observar poderosos eventos extragalácticos que foram detectados poucas vezes. Ao registrar as emissões de raio-X enquanto uma estrela é “sugada” por um buraco negro, por exemplo, o observatório ajudará a entender como a matéria “cai” ali.

Além disso, a sonda fornecerá informações sobre fenômenos complexos e raros, como a formação de jatos de matéria ionizada lançados após o buraco negro engolir parte da estrela. Segundo o principal investigador da missão, Yuan Weimin, a Einstein detectará uma média de 100 eventos de ruptura de maré ao ano.
A capacidade de a sonda observar eventos transitórios de raio-X informará ainda sobre outros eventos cósmicos, como magnetares, núcleos galácticos ativos, explosões de raios gama e as interações de cometas com os íons dos ventos solares.
[News @IRAP_France] ECLAIRs and MXT, the two French telescopes of the @SVOM_mission, are ready to leave for China. Objectives: to detect and locate the gamma-ray bursts produced during the formation of black holes. https://t.co/JfBjA6y0RC cc @CNES @CEAstrophysique @CNRS pic.twitter.com/RMRanZfj04
— IRAP (@IRAP_France) March 29, 2022
A sonda contará com a constelação de satélites de navegação Beidou e uma rede VHF fornecida pela agência espacial francesa para garantir uma rápida transmissão de dados do espaço ao solo. Esses dados serão compartilhados para que outras equipes e observatórios os analisem.
A rede VHF ajudará o telescópio espacial astronômico de raios-X China-França SVOM — que também é planejado para ser lançado no próximo ano —, o qual complementará os registros da sonda Einstein. Esse é mais um dos objetivos da China para ampliar sua capacidade espacial.
Fonte: Via SpaceNews
Fonte feed: canaltech.com.br